A mensagem do Papa Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, denuncia a exaltação da violência e do sexo em programas de televisão, filmes e jogos eletrônicos direcionados às crianças.
Bento XVI chamou de "perversão" a inclinação "a produzir programas que exaltem a violência, e refletem comportamentos anti-sociais ou que, em nome do entretenimento, banalizam a sexualidade humana".
Segundo o Pontífice, esta perversão "é ainda mais grave no caso de programas dirigidos a crianças e adolescentes".
"Como podemos explicar este 'entretenimento' aos inúmeros jovens inocentes que são vítimas reais de violência, exploração e abuso?", perguntou o Papa.
Na mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, que será celebrado em 20 de maio, e cujo tema é "As crianças e os meios de comunicação social: um desafio para a educação", Bento XVI reflete sobre a educação das crianças através da televisão, mas também sobre a formação dos próprios meios direcionados ao público infantil.
Bento XVI denuncia que, apesar de muitos comunicadores "desejarem fazer o que é justo", enfrentam, com freqüência, "pressões psicológicas e dilemas éticos", devido à "concorrência comercial", que "rebaixa seus padrões".
Por isso, na mensagem, o Pontífice pede aos comunicadores "que motivem os produtores a defenderem o bem comum, protegerem a dignidade humana individual e a promoverem o respeito pelas necessidades da família".
Além disso, o Papa explica que é necessário que todos os diretores interessados na educação infantil, assim como pais e professores, exijam que "os meios de comunicação estejam comprometidos com uma formação eficiente e eticamente aceitável".
Na mensagem, o Papa também trata da responsabilidade dos pais, da Igreja e da escola "na educação das crianças, para que façam bom uso dos meios de comunicação".
Segundo Bento XVI, "o papel dos pais é de vital importância", pois eles têm "o direito e o dever de assegurar um uso prudente dos meios de comunicação, educando a consciência de seus filhos para que sejam capazes de expressar juízos serenos e objetivos que os guiarão na escolha ou rejeição dos programas propostos".
O Pontífice também aconselha aos meios de comunicação a difusão "dos clássicos da literatura infantil, das belas artes e da música seleta" entre os jovens.
"A beleza, que é um espelho do divino, inspira e anima os corações e mentes jovens, enquanto a feiúra e o grosseiro têm um efeito deprimente sobre as atitudes e comportamentos", acrescentou o Papa.
Bento XVI também convidou os meios de comunicação a realizarem um trabalho educativo sobre o "exercício da liberdade".
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