sexta-feira, 7 de outubro de 2011

SEXO E IGREJA – CAPÍTULO TERCEIRO

A Pessoa Humana: Imagem de Deus
“Deus criou, homem e mulher Ele os criou”

“Deus disse: façamos o homem à nossa imagem, como nossa semelhança, e que eles dominem sobre os peixes do mar, as aves do céu, os animais domésticos, todas as feras e todos os répteis que rastejam sobre a terra. Deus criou o homem à Sua imagem, à imagem de Deus Ele os criou: homem e mulher Ele os criou” (Gen 1, 26-27).
Desde sempre, a Igreja aprendeu que para saber o que é o homem se deve partir do que Deus diz sobre ele. Contamos com tudo o que a razão, através das múltiplas ciências vai descobrindo, mas o sentido último, esse, só o Criador pode dar.
No relato da Criação, quando nos é dito que tudo vem de Deus e nos é indicado, pelo menos em parte importante, o que Deus quer de cada criatura, encontramos uma base para falar do homem e da mulher, do que cada um é e da relação entre eles. Contudo, a Igreja também acredita que tudo o que o homem é só se torna claro no homem Jesus de Nazaré. “Ele é a Imagem do Deus invisível, o primogénito de toda a Criatura” (Col 1, 15).
Como diz o Concílio Vaticano II, numa frase que o actual Papa não cessa de repetir: “Na realidade, o mistério do homem só no mistério do Verbo encarnado se esclarece verdadeiramente. Adão, o primeiro homem, era efectivamente figura do futuro, isto é, de Cristo Senhor. Cristo, novo Adão, na própria revelação do mistério do Pai e do seu amor, revela o homem a si mesmo e descobre-lhe a sua vocação sublime” (GS 22).
O método cristão é o de ler o relato do livro do Génesis através da fé em Jesus. Assim, podemos retirar três grandes afirmações:
a)         O homem foi criado na sequência de toda a natureza, mas para a dominar, com a capacidade de conhecer e de querer, donde se conclui que, embora verdadeiro membro da realidade física, ele é-lhe superior, como indica o facto de Adão dar o nome aos animais;
b)         Criada à imagem e semelhança de Deus, a pessoa humana tem com Deus uma relação especial. Uma relação de tal maneira única que podemos dizer que o homem é um ser essencialmente diferente das outras criaturas.
c)         A criação do homem não está completa na criação do indivíduo. Só na criação da mulher, outro mas do mesmo nível, igualmente indivíduo acima dos animais e com uma relação especial com Deus, com quem pode haver uma verdadeira comunhão, se pode considerar a criação completa. (É indicação inequívoca disto mesmo quanto é dito no segundo capítulo do Livro do Génesis: “não é bom que o homem esteja só! (...) agora sim esta é verdadeiramente carne da minha carne e osso dos meus ossos”) [4].
Isto significa, antes de mais, que o homem não se compreende a si mesmo se não se entender como criatura dependente de Deus, embora distinta das outras criaturas. Por outras palavras, embora cada indivíduo humano seja uma criatura física, parte integrante do mundo material, não é a partir de um modelo terreno, mas divino que o homem se compreende. É, por isso, impossível reduzir o homem ao “mundo”, para usar uma expressão do Papa João Paulo II [5], e é redutor tratar do homem como simples animal racional.

Para reflitia a luz da palavra anunciada:
Você valoriza seu corpo como obra do criador?
Você como namorado (a) tem planejado sua vida sexual (matrimonial), para constituir família?
Qual é a importância do sexo responsável (marido e mulher) na sua vida social, como geradores de filhos?

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

REAVIVAR O CRISTIANISMO


Cuidado, Jesus contesta nosso cristianismo feito apenas de palavras, porém vazio de conteúdo, sem nenhuma ação, e nos conclama a reavivá-lo.

Efetivamente, com demasiada frequência, a vida que levamos ao longo da semana desmente nossas domingueiras profissões de fé; nossas ações contradizem o batismo que um dia recebemos; muitos dos sins que falamos a Deus e aos nossos semelhantes não passam de nãos mascarados.

Mas, afinal, que valor tem um cristianismo feito de falsos sins e de promessas não mantidas? E para que servem as nossas discussões acerca da caridade e do amor cristão, incapazes de reverter a situação de miséria, injustiça e violência em que a sociedade continua se debatendo?

É justamente aquele tipo de cristianismo estéril e sem incidência na sociedade de hoje que Jesus denuncia. Ao mesmo tempo, é um cristianismo fecundo em obras, ações e gestos de amor gratuito que ele quer exaltar e promover.

Quanto a nós, sobra-nos o compromisso de aposentar ou enterrar de vez o assim chamado “cristianismo declamatório”, cujos admiradores passam a vida louvando a beleza do evangelho, criando poesias e comparando músicas, porém nada fazem para passar da declamação à ação, a fim de transformar a dura realidade em que vivemos.

Alguém disse que o verdadeiro cristianismo requer um décimo de inspiração e nove décimos de transpiração. Em outros termos, um décimo de oração e nove décimos de suor.

Quase ninguém respeita a tabelinha acima. No entanto, um pouco de contemplação multiplicaria nossas forças, ajudar-nos-ia a sair do clube dos que “dizem e não fazem” e nos inseriria entre aqueles que “não dizem, mas fazem”. Nesse caso, com certeza o mundo seria muito melhor.

Pe. Virgílio, ssp

SUGESTÕES


Liturgia das horas

 “Queridos amigos e amados irmãos, a oração é o meio de proximidades para a  nossa santificação. A faça na liturgia diária, siga este endereço”.

Diác. Gilberto (Tio Beto)
 
Homilia do dom Henrique Soares
“Queridos amigos e amados irmãos, a mediação na palavra de Senhor nos proximidades das verdades contidas nas Escrituras. Ela fará de todos nós pessoas    santificadas pela forca da liturgia e da pregação”.

Siga este endereço.

PESSOAS QUE NÃO FALAM


Nesta Semana da Vida queremos que toda a sociedade contemple com carinho uma categoria de pessoas que vivem sob ameaça, que correm sério risco de vida. São pessoas frágeis, sem nenhuma possibilidade de se defenderem, a não ser com o amor de seus pais e daqueles que respeitam a vida.

ESSAS PESSOAS não sabem falar. O silêncio delas faz com que muitos as considerem destituídas de direitos. Muitos até lhes negam a dignidade de humanos. Entendem que tais pessoas não têm o direito à vida por nada serem, dizem, por nada representarem. Elas são vistas por muita gente que pensa ter o poder de vida e morte sobre os outros, apenas como massa informe sem alma, sem nada de humano, sem nada que as faça pertencer à categoria de homem e mulher.

ESSAS PESSOAS, para muitos, podem ser esquartejadas, feitas em pedaços e descartadas, porque elas incomodam quem as concebeu. E não faltam profissionais da saúde e curiosos que se dispõem a esse processo de destruição, negando-lhes espaço e acolhimento. Há pais e mães que consideram essas pessoas, como intrusos que vêm tirar-lhes os sossego. Há mulheres que defendem a destruição dessas pessoas porque a intimidade com elas as incomoda.

HÁ ATÉ POLÍTICOS que fazem questão de se proclamarem cristãos, e que defendem a destruição dessas pessoas. E há políticos que defendem o uso de pequenas células dos corpos dessas pessoas para que sejam curadas muitas enfermidades que  desafiam a medicina.

O LEITOR já deve saber quem são essas pessoas: são os nascituros, são os concebidos, são aqueles milhões de seres humanos em formação no seio de suas mães, gerados com amor, sem amor às vezes, gerados em laboratórios pela insana técnica de manipulação da vida. Os nascituros, os concebidos têm direito à vida.

ESTAMOS na Semana da Vida, que precede – dia 8 de outubro, - o Dia do Nascituro. É hora de, a uma só voz, gritarmos pela dignidade da vida humana ameaçada pela mentalidade contraceptiva, pela legalização do aborto, pela manipulação das células-tronco dos embriões humanos.

É HORA de somarmos esse grito aos tantos outros que protestam contra o descaso com a saúde, o desrespeito aos idosos, a fome e a violência, a depredação da natureza, o tráfico de pessoas, o narcotráfico, e todas as formas de dependência química que matam a dignidade da vida humana.

+ Itamar Vian
Arcebispo Metropolitano

LEI DO AMOR


 (Reflexão - Lc 10, 25-37)

O maior mandamento que Jesus nos deu foi a Lei do Amor. Mas infelizmente, a palavra amor tem inúmeras conotações no dia de hoje, a maioria delas contrária ao espírito do Evangelho e aos valores do Reino, daí a importância da parábola do Bom Samaritano que nos mostra que amor de verdade é gesto concreto, é sair do próprio comodismo e ir ao encontro do outro, seja ele ou ela quem for, ser capaz de perceber todos os seus problemas e todas as suas necessidades, deixar-se mover pelo sentimento de compaixão e, cheio de misericórdia, fazer tudo o que estiver ao alcance para que a vida seja melhor para todos.

Paz e Benção
Diácono Jorge Freitas
E-mail: jorgediac.freitas@hotmail.com