segunda-feira, 30 de maio de 2011

JESUS ENCORAJA OS TRISTES - (Jo.14,15-21)


Já não sentimos mais a dor da cruz.

Ele ressuscita, caminha conosco, se faz um de nós, é nosso Advogado.

Ele é alguém que quer ficar ao nosso lado, ensinando-nos a viver o mandamento do amor coletivo.

O Advogado é o consolador, é alguém que encoraja nos momentos difíceis do cotidiano.

Após a cruz, e caminhando entre os de Emaus, caminhantes tristes e decepcionados pelo ocorrido em Jerusalém, na sexta-feira do calvário, de repente!

Eles ouvem a voz de um estranho, que lhes perguntam: “O que é que vocês andam conversando pelo caminho?” (Lc. 24,17).

O estranho viajante deseja participar da vida comum dos caminhantes entristecidos e decepcionados.

Além de companheiro, Jesus é advogado dos aflitos e de causas...

Ele se nos oferece incondicionalmente a ser nosso defensor.

Ele antecede o Espírito Santo, Ele é o elo, é a presença mística do próprio Pai no coração da humanidade.

Após a sua ressurreição e gloriosa ascensão, Jesus envia o outro Advogado:

O Espírito Santo continua conosco.
Portanto, não estamos sozinhos.

Este mesmo Espírito justifica o amor verdadeiro do Pai. Em Jesus, o Espírito nos liberta e nos prepara para viver as alegrias da vida, proporcionando-nos seguranças até o encontro da Jerusalém celeste.

A presença do Espírito em nós é a garantia de que:
“Quem me ama, será amado por meu Pai, Eu também o amarei e me manifestarei a ele” (V. 21).

Jesus continua a nos animar pelos seus ensinamentos em que o Espírito Santo pode oferecer nas mais diferentes formas do amor; solidário, comunitário e cristão-afetivo.

Ele é o próprio amor do Pai, Ele é o Verbo encarnado que veio até nós, o Filho amado: Jesus Cristo.

Sendo assim deixem o Espírito morar entre nós.

Deus seja louvado em tudo e todos. Amem!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Bispos do Brasil comentam a beatificação de Irmã Dulce


“A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o povo cristão exultam de alegria pelo reconhecimento por parte da Igreja Católica das virtudes da Irmã Dulce – Anjo Bom da Bahia – e por sua beatificação no próximo dia 22 de maio, em Salvador, sua terra natal”. Essas são algumas palavras do texto divulgado pelos bispos participantes da 49ª Assembleia Geral da CNBB, em homenagem a beatificação de Irmã Dulce.


Segundo os bispos, Deus chamou a jovem Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes para um serviço especial junto ao seu povo, os baianos, em particular “os pobres, os doentes, também pessoas rejeitadas por serem portadoras de necessidades especiais. Deixando tudo, tornou-se religiosa na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus e designada para um serviço em sua cidade”.


A nota dos bispos destaca a espiritualidade de Irmã Dulce e a sua devoção por Nossa Senhora. “Sua espiritualidade era nutrida pela Eucaristia, oração, Palavra de Deus, e devoção a Nossa Senhora. A confiança na Providência Divina que se lhe manifestava em diversas ocasiões e, muitas vezes, de forma surpreendente, nunca lhe trazia constrangimento em estender as mãos para pedir ajuda a fim de saciar a fome de pão e saúde aos que a procuravam e a encorajava para seguir adiante vendo em cada sofredor o próprio Cristo Jesus.


Os bispos destacam também a escolha feita pelo papa Bento XVI na beatificação da Irmã baiana. “O papa Bento XVI, ao fazer o reconhecimento das virtudes da Irmã Dulce, nos exorta a assumirmos nossa fé, em gestos concretos, ‘para que todos tenham vida e vida em abundância’ (Jô 10,10).


Beatificação


O papa Bento XVI assinou o decreto que conclui o processo de beatificação de Irmã Dulce no dia 10 de dezembro de 2010. Irmã Dulce é a primeira baiana a tornar-se beata e agora está a um passo da canonização. O título de santa só poderá ser conferido após a comprovação de mais um milagre intercedido pela religiosa e reconhecido pelo Vaticano.


A causa da beatificação de Irmã Dulce foi iniciada em janeiro do ano 2000 por dom Geraldo Majella, bispo emérito de Salvador. Desde junho de 2001, o processo tramitava na Congregação das Causas dos Santos do Vaticano.

Fonte: CNBB

PAPA NA AUDIÊNCIA GERAL: ORAÇÃO É UMA LUTA COM DEUS

Cidade do Vaticano, 25 maio (RV) - Hoje, quarta-feira, é dia de Audiência Geral e Bento XVI acolheu milhares de fiéis e peregrinos na Praça São Pedro, no Vaticano.


Continuando seu ciclo de catequeses sobre a oração cristã, o Papa meditou sobre a experiência de Deus feita por Jacó, relatada no Livro do Gênesis.


A Bíblia descreve Jacó como um homem astuto que consegue as coisas com o engano. Sozinho na noite, Jacó foi atacado inesperadamente por uma pessoa misteriosa, se defende valentemente e a pessoa misteriosa pergunta o seu nome.


"Essa história nos apresenta uma luta que não tem um vencedor claro, deixando o adversário no seu mistério. A criatura misteriosa dá um novo nome a Jacó. Ele passa a se chamar Israel, que significa Deus é forte, Deus triunfa. Essa nova identidade mostra a vitória de Deus que abençoa Jacó gratuitamente" – frisou Bento XVI.


"Deus se revela mostrando que é Deus, que vence Jacó fazendo-o tomar consciência de sua realidade, de seu ser mais íntimo, expressado em seu nome, mas, na derrota, Jacó também vence, pois consegue de Deus a sua bênção. Ele não a obtém com o engano, mas nessa batalha espiritual" – disse ainda Bento XVI.


O Papa sublinhou que "a bênção leva a uma mudança de nome, a uma mudança de realidade que não é aquela que engana, mas aquela que manifesta que Deus é vencedor".


"Essa luta é modelo de busca perseverante da face de Deus e da vitória que se encontra na conversão e no perdão. A oração requer confiança e intimidade, é uma luta que nós vencemos quando reconhecemos nossa fragilidade e nos abandonamos à misericórdia de Deus" - concluiu o Papa que fez o resumo, em português, de sua catequese e concedeu a todos a sua bênção apostólica.


Queridos irmãos e irmãs,


Hoje gostaria de refletir sobre um texto do Livro de Gênesis: a luta noturna do Patriarca Jacó com Deus. Jacó havia usurpado a primogenitura do seu irmão Esaú e obtivera, por meio de engano, a bênção de seu pai Isaac indo depois refugiar-se junto do seu tio Labão. Ao voltar para a sua pátria improvisamente é atacado, de noite, por um estranho. Ao cabo de uma fatigosa luta “corpo-a-corpo” com este personagem misterioso, que aos poucos vai revelando a sua natureza divina, Jacó, cujo nome derivava do verbo hebraico que significa “enganar, suplantar”, recebe um novo nome que lhe vem de Deus: passa a se chamar Israel, que significa “Deus é forte, Deus vence”. A Tradição espiritual da Igreja interpretou esse episódio como um símbolo da oração como combate da fé e da vitória da perseverança. Realmente, a oração exige confiança e intimidade, quase um corpo-a-corpo simbólico, não com um Deus adversário, mas com o Senhor que abençoa e que permanece misterioso. De fato, toda nossa vida é como esta longa noite de luta e de oração: para receber com humildade a bênção que nos transforma e que nos permite reconhecer a face de Deus.


Queridos peregrinos vindos de Portugal e do Brasil, nomeadamente da paróquia de Itú, agradeço a vossa presença e quanto a mesma significa de confissão de fé e amor a Deus. Procurai sempre na oração o auxílio do Senhor para combater a boa batalha da fé. De coração, a todos abençôo. Ide com Deus! (MJ)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

II CONGRESSO LATINOAMERICANO E CARIBENHO DO DIACONADO PERMANENTE



O Congresso será realizado no período de 24 a 29 de maio de 2011 no Centro de Espiritualidade Inaciana – Mosteiro da Vila Kostka de Itaicí, Indaiatuba, São Paulo. Participarão delegações de todos os países da América Latina e Caribe, além de México.

É promovido pelo DEVYM – Departamento de Vocações e Ministérios do CELAM. As inscrições serão feitas junto aos presidentes das Comissões Regionais dos Diáconos – CRDs, até 17 de março de 2011.


ORAÇÃO DO II CONGRESSO

Diác. José Durán y Durán – Brasil Senhor Deus e nosso Pai, Te louvamos pelas abundantes vocações diaconais que suscitas na Igreja do teu Filho Jesus.

Te pedimos que continues a nos dar diáconos. Que sejam verdadeiros apóstolos nas novas fronteiras da missão, que como discípulos missionários, continuem semeando os valores evangélicos, no mundo das comunicações, na construção da paz, no desenvolvimento e a libertação dos povos, na promoção da mulher e da criança, na ecologia e a proteção da natureza, no mundo da cultura, da ciência e das relações internacionais.

Fazei que os diáconos sejam instrumentos da renovação necessária da Igreja na América Latina e o Caribe, fiéis aos sinais dos tempos, comprometidos com as causas dos pobres, construtores da comunhão eclesial, e transmissores da fé pelo testemunho de suas vidas. Amém.

DEUS ATRAVÉS DOS POBRES - UM CAFÉ TA BOM



(colaboração Diác Jorge Freitas)
História de uma mãe, que recentemente terminou a faculdade.

A última aula que assisti foi de sociologia....

O professor dava as aulas de uma maneira inspiradora, de uma maneira que eu gostaria que todos os seres humanos também pudessem ser.

O último projeto do curso era simplesmente chamado "Sorrir"...

A classe foi orientada a sair e sorrir para três estranhos e documentar suas reações...

Sou uma pessoa bastante amigável e normalmente sorriu para todos e digo "oi" de qualquer forma. Então, achei que isto seria muito tranquilo para mim...

Após o trabalho ser passado para nós, fui com meu marido e o mais novo de meus filhos, numa manhã fria de Março, a uma lanchonete.

Foi apenas uma maneira de passarmos um tempo agradável com o nosso filho...

Estávamos esperando na fila para sermos atendidos, quando de repente todos ao nosso redor começaram a ir para trás, e então o meu marido também fez o mesmo...

Não me movi um centímetro... Um sentimento arrebatador de pânico tomou conta de mim, e me virei para ver a razão pela qual todos se afastaram...

Quando me virei, senti um cheiro muito forte de uma pessoa que não tomava banho há muitos dias,
e lá estava na fila dois pobres sem-teto.

Quando eu olhei para o pobre coitado, próximo a mim,
ele estava "sorrindo"...

Seus olhos azuis estavam cheios da Luz de Deus, pois ele estava buscando apenas aceitação...

Ele disse, Bom dia!, Enquanto contava as poucas moedas que ele tinha amealhado...

O segundo homem tremia suas mãos, e ficou atrás de seu amigo... Eu percebi que o segundo homem tinha problemas mentais e o senhor de olhos azuis era sua salvação..

Eu segurei minhas lágrimas, enquanto estava lá,
parada, olhando para os dois...

A jovem mulher no balcão perguntou-os o que eles queriam...

Ele disse, "Café já está bom, por favor era tudo...", pois do o que eles podiam comprar com as poucas moedas que possuíam... (Se eles quisessem apenas se sentar no restaurante para se esquentar naquela fria manhã de março, deveriam comprar algo. Ele apenas queria se esquentar)...

Então eu realmente sucumbi àquele momento, quase abraçando o pequeno senhor de olhos azuis...

Foi aí que notei que todos os olhos no restaurante estavam sobre mim, julgando cada pequena ação minha...

Eu sorri e pedi à moça no balcão que me desse mais duas refeições de café da manhã em uma bandeja separada...

Então, olhei em volta e vi a mesa em que os dois homens se sentaram para descansar... Coloquei a bandeja na mesa e coloquei minha mão sobre a mão do senhor de olhos azuis...

Ele olhou para mim, com lágrimas nos olhos
e me disse, "Obrigado!!"

Eu me inclinei, acariciei sua mão e disse "Não fui eu quem fiz isto por você, Deus está aqui trabalhando através de mim
para dar a você esperança!!"

Comecei a chorar enquanto me afastava deles para sentar com meu marido e meu filho... Quando eu me sentei, meu marido sorriu para mim e me disse, "Esta é a razão pela qual Deus me deu você, querida, para que eu pudesse ter esperança!!"...

Seguramos nossas mãos por um momento, e sabíamos que pudemos dar aos outros hoje algo, pois Deus nos tem dado muito.....

Aquele dia, me foi mostrada a Luz do Doce Amor de Deus...

Retornei à aula na faculdade, na última noite de aula, com esta história em minhas mãos.

Eu entreguei "meu projeto" ao professor e ele o leu...

E então, ele me perguntou: "Posso dividir isto com a classe?"

Eu consenti enquanto ele chamava a atenção
da classe para o assunto...

Ele começou a ler o projeto para a classe e aí percebi que como seres humanos e como partes de Deus nós dividimos esta necessidade de curarmos pessoas e de sermos curados...

Do meu jeito, eu consegui tocar algumas pessoas daquela lanchonete, meu filho e o professor, e cada alma que dividia a classe comigo na última noite que passei como estudante universitária...

Eu me graduei com uma das maiores lições
que certamente aprenderei.
(Composição desconhecida)

O PASTOR DO REBANHO - (Jo.10,1-10)

Jesus garante: "eu sou a porta das ovelhas”, disse também: “sou bom pastor”, com estas afirmações, entre linhas o mestres condena os falsos dirigentes que usam do poder da palavra para explorar e corromper as instituições, desviando as atenções e os propósitos constitucionais do bem social e comum.

O texto a quem referimos nos traz presente o profeta Ezequiel e no capitulo 34,  o próprio Javé é identificado como o pastor do rebanho, Ele, elege seu servo Davi como pastor de Israel. O Senhor é o pastor absoluto e não tem outro, portanto o eleito garante o bem estar das  ovelhas, e as oferecem pastagem.

O julgamento do pastor é beneficio para as ovelhas do rebanho. Em Jesus Cristo, o pastoreio é absoluto, nele é encarnado o projeto do Pai, mencionado em Ezequiel (Ez.34,23), em que diz o Senhor: "Providenciarei um só pastor para cuidar das minhas ovelhas. Será o meu servo Davi. Ele cuidará delas e será seu pastor. Eu, Javé, serei o Deus delas, e o meu servo David será o seu chefe. Fui eu, Javé, que falei. (Ez.34,23-24)

Na nova aliança, Jesus é o novo pastor do rebanho, ele traz  a autoridade  do Pai, quando busca para si a responsabilidade de pastor absoluto  dizendo: “Eu sou o bom pastor: conheço minhas ovelhas, e elas me conhecem, assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai. Eu dou a vida pelas ovelhas”. (Jo. 10,14-15).

 O rebanho é do Pai, garante Ezequiel quando o próprio Javé confirma em Davi seu eleito, é o Senhor quem diz: “Eu mesmo vou procurar as minhas ovelhas. Como o pastor conta o seu rebanho, quando está no meio de suas ovelhas que se haviam dispersado, eu também contarei as minhas ovelhas, e as reunirei de todos os lugares por onde se haviam dispersado, nos dias nebulosos e escuros. (Ez 34,11a-12).

Foi no momento do calvário que o rebanho dispersou, então Jesus volta no triunfo da Ressurreição e reúne todo o rebanho em torno de si mesmo.

[Amados], desde o episódio do cego de Jericó, passando pelos discípulos a caminho de Emaús, o mestre reúne também a nós, nos dias de hoje. Foi para isso que Jesus veio, Ele veio para que todos tivéssemos vida, vida em abundância (Jo, 10,10).

Seja ovelha do redil do senhor. 

Deus seja louvado em tudo e em todos. Amém.

OS DISCÍPULOS CAMINHAM COM O RESSUSCITADO - RUMA A EMAÚS - (Lc. 24,13-35)


Lucas relata a caminhada dos discípulos de Emaús com o Ressuscitado. É uma demonstração de que Jesus ainda que não seja reconhecido à primeira vista - caminha conosco.

A narrativa mostra também que ele aproveita a ocasião para fazer uma catequese sobre a partilha.

O povo brasileiro tem convicção de que Deus caminha com ele, em tudo o acompanha. Essa presença, porém, nem sempre é “dinâmica”, isto é capaz de provocar a transformação dos momentos difíceis da vida. A fé em Cristo, companheiro no cotidiano da existência, pode iluminar nossa vida e mudá-la de rumo, a exemplo dos discípulos que, após perceberem a presença do Ressuscitado, retornaram a Jerusalém e anunciaram a boa noticia aos irmãos.

Assim como acompanhou os discípulos de Emaús, Jesus nos acompanha em nossa trajetória e, com sua palavra, nos ilumina e vai mudando nossa maneira de encarar as coisas e os acontecimentos.

O Caminho de Emaús é o caminho de nossa fé. Ela nos dá a certeza de que Cristo, embora não de forma física, continua presente e nunca nos abandona. Essa certeza será sempre maior à medida que nos deixamos iluminar por sua palavra e nos alimentamos com e Eucaristia, sinal por excelência de partilha e solidariedade.

Amados, é justamente na hora da partilha do pão que os discípulos o reconhecem (os olhos deles “se abriram e eles reconheceram Jesus”), pois esse foi o gesto repetido por Ele ao longo de sua vida. A sociedade de hoje reconhecerá Cristo à medida que os cristãos forem capazes de partir o pão. Isso significa compromisso com a justiça, com a sociedade, com a defesa daqueles aos quais é roubado o pão cotidiano.
Sem partilha, fraternidade e solidariedade, estaremos caminhando no rumo que nos afasta de Jesus.

Deus seja louvado em tudo e em todos. Amém.

Fonte: O Domingo - 08/05/2011 (Pe. Nilo Luza).

terça-feira, 3 de maio de 2011

DIA MUNDIAL DA ASMA


Acompanhe a matéria na íntegra no seguinte link:

http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/4916 

JOÃO DE DEUS

Manifestamos nossa alegria e gratidão a Deus pela beatificação de João Paulo II, no próximo dia primeiro de maio. O Papa João Paulo II amava muito o Brasil e visitou nosso País por três vezes. Entre nós, ele foi carinhosamente acolhido e aclamado como “João de Deus”.
A PALAVRA de Deus foi por ele intensamente vivida e anunciada aos mais diferentes povos. A espiritualidade da cruz o acompanhou na experiência da orfandade e da pobreza, nas atrocidades da guerra e do regime comunista, mas principalmente no atentado sofrido na Praça de São Pedro. De maneira serena e edificante, suportou as incompreensões e oposições, as limitações da idade avançada e da doença.
O MUNDO inteiro foi edificado pelo seu empenho em favor da vida, da família, da paz, dos direitos humanos, da ecologia, do ecumenismo e do diálogo com as religiões. Revelou-se um grande líder mundial, um verdadeiropai” da família humana. Pediu várias vezes perdão pelas falhas históricas dos filhos da Igreja. Ele mesmo foi ao encontro do seu agressor, na prisão, oferecendo-lhe o perdão.
FOI UM PAPA missionário. Numerosas viagens apostólicas marcaram seu pontificado e incentivaram, na Igreja, o ardor missionário e o diálogo com as culturas. No Grande Jubileu conclamou e encorajou a Igreja a entrar no terceiro milênio cristão, “lançando as redes em águas mais profundas”.
O PAPA João Paulo II afirmou e promoveu a dignidade da mulher; ampliou o Ensino Social da Igreja e confirmou que a promoção humana é parte integrante da evangelização. Valorizou os meios de comunicação social a serviço do Evangelho. A todos cativou pelo seu afeto e sensibilidade humana: crianças, jovens, pobres, doentes, encarcerados e trabalhadores foram seus preferidos. Estimulou, especialmente, as vocações sacerdotais, religiosas e missionárias.
CONVIDAMOS, portanto, todo o povo a louvar e agradecer a Deus pela beatificação do Papa João Paulo II. “O Brasil precisa de santos”, proclamou ele na beatificação de Madre Paulina. Sensibilizados por essas palavras, confiamos à sua intercessão a santificação da Igreja e a paz no mundo. Fazemos votos de que seu testemunho e seus ensinamentos continuem a animar a grande família dos povos na construção de uma convivência justa, solidária e fraterna.

+ Itamar Vian
Arcebispo Metropolitano
di.vianfs@ig.com.br

DA MORTE PARA A VIDA

Do alto da grande pedra que cobrira a sepultura o Anjo anuncia a Boa Notícia para a humanidade: Ressurrexit, sicut dixit. “[...] Sei que procurais Jesus, que foi crucificado. Não está aqui: ressuscitou como disse.” (Mt 28, 5-6). Aleluia! Cristo vive! Aleluia!

Oh, que esplendorosa informação! Uma nova primavera soergue os corações desesperançados dos homens, que vivenciavam um sombrio e tenebroso inverno por ocasião das trevas que cobriam toda a Terra, após a morte do Salvador. O mundo experimentava a tormenta causada pela desordem outrora prefigurada no primeiro dia da criação: “A terra estava sem forma e vazia; as trevas cobriam o abismo [...]” (Gn 1, 2a).

Da mesma forma que Deus organiza o caos e estrutura a ordem através da força da sua Palavra, Cristo, seu Filho Único, que morrera na cruz para redimir a humanidade, restaura a criação, renovando todas as coisas (Ap. 21,5), por meio de sua Paixão, Morte e Gloriosa Ressurreição.

O Mistério Pascal de Cristo faz reacender a esperança adormecida em nossos corações. Eis aí a Festa das festas, a Solenidade das solenidades, oportunamente celebrada pela Santa Mãe Igreja. Eis aí um tempo novo. Tempo de júbilo denominado “Grande Domingo” por Santo Atanásio.

A Ressurreição do Filho de Deus é exaltada com fervor pelo apóstolo Paulo ao questionar entusiasticamente àquela que apavorava e dissipava a vida: “Onde está, ó morte, a tua vitória?” (ICor 15,55).

De fato, Cristo esmagou a morte. Agora o sepulcro está vazio. Sendo assim, somos generosamente convidados por Deus, a proclamar a vida. Apesar de a grande mídia ainda insistir em preconizar a morte, convertendo-a num “magnífico” espetáculo, que atrai os olhares dos expectadores, e que consequentemente aumenta sua audiência, culminado assim na captação de vultosas quantias de investimentos.

Na verdade, o recado transmitido por Jesus, ainda não foi assimilado por nós em sua plenitude. Se entendêssemos bem o profundo significado da Páscoa do Senhor, a corrupção e as injustiças sociais seriam extirpadas do nosso meio. Certamente aprenderíamos também a cuidar melhor da Terra que “geme em dores de parto” (CF-2011), por conta da ação predatória do homem.

Contudo, não devemos desanimar, afinal a vida superou a morte. Cristo vive! O túmulo escuro e sombrio não foi capaz de detê-lo para sempre. A morte foi derrota de uma vez por toda. Sendo assim, alegremo-nos e exultemo-nos neste dia em que o Senhor fez para nós.

FELIZ PÁSCOA! 

Prof. Lindivaldo M. de Amorim
abril de 2011