O autêntico “repouso Sabático”:
É servir a Deus e não à Sábado (Mc 2, 23-28)
Amados irmãos, o evangelho de Marcos nos convida a considerar o verdadeiro sentido do “repouso Sabático”, servir a Deus e não à sábado.
O Sábado é o símbolo da Aliança e do amor entre Deus e o homem. A criação está pensada, justamente, como um espaço para a Aliança, como o lugar de encontro entre Deus e o homem, como um lugar próprio para a adoração ao Senhor.
Amigos, novamente entram em discussão as questões das práticas religiosas. O evangelho de Marcos nos apresenta a questão do legalismo religioso e da verdadeira finalidade da religião.
Muitas vezes, vemos que as religiões estão muito mais fundamentadas em proibições e não em motivações e na criação de novos relacionamentos entre as pessoas com Deus e das pessoas entre si.
Vejam irmãos, o resultado dessa mentalidade é que a religião se torna cada vez mais algo desencantador e insuportável. Então, Deus aparece como um Pai rancoroso, e não como Pai amoroso.
Insistentemente as religiões apresentam um Pai carrasco, vingador, punidor e autoritário.
Irmãos acreditem, a verdadeira religião é aquela que cria valores e leva as pessoas à maturidade em todos os sentidos, para que livres elas possam optar por um Deus que ama, acolhe e liberta.
Amados, o verdadeiro culto, a verdadeira oferenda a Deus, não pode ser a destruição de algo ou o sacrificar de um animal (por exemplo), mas a união das pessoas e das criaturas com o seu criador, o Deus do amor e da compaixão.
Amados, a pertença a Deus não tem nada a ver com a destruição dos valores culturais ou históricos, mas responder o seu sim ao próprio Deus.
O repouso do sábado é um convite à nossa participação na vida comunitária, no descanso semanal com a família e na paz com Deus.
Amados, celebrar o sábado significa voltar às origens da fé (desde Abraão até os dias atuais), limpar toda a contaminação que o pecado produz nas nossas vidas. Mas, quando o homem se nega ao “chamado do por Deus” (ou seja, à adoração), então entra na escravidão do mercado da fé religiosa, ou religião do mercado.
Senhor, que eu nada interponha ao teu serviço!
Deus seja louvado, por vossas vidas. Amém!
