terça-feira, 3 de maio de 2011

DA MORTE PARA A VIDA

Do alto da grande pedra que cobrira a sepultura o Anjo anuncia a Boa Notícia para a humanidade: Ressurrexit, sicut dixit. “[...] Sei que procurais Jesus, que foi crucificado. Não está aqui: ressuscitou como disse.” (Mt 28, 5-6). Aleluia! Cristo vive! Aleluia!

Oh, que esplendorosa informação! Uma nova primavera soergue os corações desesperançados dos homens, que vivenciavam um sombrio e tenebroso inverno por ocasião das trevas que cobriam toda a Terra, após a morte do Salvador. O mundo experimentava a tormenta causada pela desordem outrora prefigurada no primeiro dia da criação: “A terra estava sem forma e vazia; as trevas cobriam o abismo [...]” (Gn 1, 2a).

Da mesma forma que Deus organiza o caos e estrutura a ordem através da força da sua Palavra, Cristo, seu Filho Único, que morrera na cruz para redimir a humanidade, restaura a criação, renovando todas as coisas (Ap. 21,5), por meio de sua Paixão, Morte e Gloriosa Ressurreição.

O Mistério Pascal de Cristo faz reacender a esperança adormecida em nossos corações. Eis aí a Festa das festas, a Solenidade das solenidades, oportunamente celebrada pela Santa Mãe Igreja. Eis aí um tempo novo. Tempo de júbilo denominado “Grande Domingo” por Santo Atanásio.

A Ressurreição do Filho de Deus é exaltada com fervor pelo apóstolo Paulo ao questionar entusiasticamente àquela que apavorava e dissipava a vida: “Onde está, ó morte, a tua vitória?” (ICor 15,55).

De fato, Cristo esmagou a morte. Agora o sepulcro está vazio. Sendo assim, somos generosamente convidados por Deus, a proclamar a vida. Apesar de a grande mídia ainda insistir em preconizar a morte, convertendo-a num “magnífico” espetáculo, que atrai os olhares dos expectadores, e que consequentemente aumenta sua audiência, culminado assim na captação de vultosas quantias de investimentos.

Na verdade, o recado transmitido por Jesus, ainda não foi assimilado por nós em sua plenitude. Se entendêssemos bem o profundo significado da Páscoa do Senhor, a corrupção e as injustiças sociais seriam extirpadas do nosso meio. Certamente aprenderíamos também a cuidar melhor da Terra que “geme em dores de parto” (CF-2011), por conta da ação predatória do homem.

Contudo, não devemos desanimar, afinal a vida superou a morte. Cristo vive! O túmulo escuro e sombrio não foi capaz de detê-lo para sempre. A morte foi derrota de uma vez por toda. Sendo assim, alegremo-nos e exultemo-nos neste dia em que o Senhor fez para nós.

FELIZ PÁSCOA! 

Prof. Lindivaldo M. de Amorim
abril de 2011

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