quarta-feira, 5 de outubro de 2011

PESSOAS QUE NÃO FALAM


Nesta Semana da Vida queremos que toda a sociedade contemple com carinho uma categoria de pessoas que vivem sob ameaça, que correm sério risco de vida. São pessoas frágeis, sem nenhuma possibilidade de se defenderem, a não ser com o amor de seus pais e daqueles que respeitam a vida.

ESSAS PESSOAS não sabem falar. O silêncio delas faz com que muitos as considerem destituídas de direitos. Muitos até lhes negam a dignidade de humanos. Entendem que tais pessoas não têm o direito à vida por nada serem, dizem, por nada representarem. Elas são vistas por muita gente que pensa ter o poder de vida e morte sobre os outros, apenas como massa informe sem alma, sem nada de humano, sem nada que as faça pertencer à categoria de homem e mulher.

ESSAS PESSOAS, para muitos, podem ser esquartejadas, feitas em pedaços e descartadas, porque elas incomodam quem as concebeu. E não faltam profissionais da saúde e curiosos que se dispõem a esse processo de destruição, negando-lhes espaço e acolhimento. Há pais e mães que consideram essas pessoas, como intrusos que vêm tirar-lhes os sossego. Há mulheres que defendem a destruição dessas pessoas porque a intimidade com elas as incomoda.

HÁ ATÉ POLÍTICOS que fazem questão de se proclamarem cristãos, e que defendem a destruição dessas pessoas. E há políticos que defendem o uso de pequenas células dos corpos dessas pessoas para que sejam curadas muitas enfermidades que  desafiam a medicina.

O LEITOR já deve saber quem são essas pessoas: são os nascituros, são os concebidos, são aqueles milhões de seres humanos em formação no seio de suas mães, gerados com amor, sem amor às vezes, gerados em laboratórios pela insana técnica de manipulação da vida. Os nascituros, os concebidos têm direito à vida.

ESTAMOS na Semana da Vida, que precede – dia 8 de outubro, - o Dia do Nascituro. É hora de, a uma só voz, gritarmos pela dignidade da vida humana ameaçada pela mentalidade contraceptiva, pela legalização do aborto, pela manipulação das células-tronco dos embriões humanos.

É HORA de somarmos esse grito aos tantos outros que protestam contra o descaso com a saúde, o desrespeito aos idosos, a fome e a violência, a depredação da natureza, o tráfico de pessoas, o narcotráfico, e todas as formas de dependência química que matam a dignidade da vida humana.

+ Itamar Vian
Arcebispo Metropolitano

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