Amados, eis a boa noticia: o batismo é a base da Igreja Cristã Primitiva, seguidora dos apóstolos. No inicio do cristianismo os convertidos eram preparados para assumirem a fé em Cristo Jesus, nesse sentido, demonstravam o fascínio pelo anúncio da Boa Nova renunciando às práticas antigas e tradicionais, a partir da pregação querigmática: “Que todo povo de Israel fique sabendo com certeza que Deus tornou Senhor e Cristo aquele Jesus que vocês crucificaram” (At . 2,36). A Lumem Gentium descreve que os batizados são a base da Igreja, tal exortação justifica a ação apostólica: “Quando ouviam a pregação, todos ficavam de coração aflitos [alegres] e perguntavam a Pedro e os outros discípulos: ‘irmão o que devemos fazer?’ Pedro respondia: ‘Arrependam-se, e cada um de vocês sejam batizados em nome de Jesus Cristo, para o perdão dos pecados [...]” (At. 2,37 e 38, interpolação do autor).”
A Igreja nascente torna-se uma instituição laical, isto quer dizer que a Igreja dos batizados é povo de Deus, grupo de comunidade de fé. A comunidade laical (do Grego laos), responsabilidade dos batizados, é lugar onde nascem os ministros consagrados e ordenados. O batismo faz de todos membros institucional do sacerdócio comum de Cristo Jesus.
Os leigos adquirem este sacerdócio comum a partir do sangue do Crucificado (Cordeiro Imolado, sem mancha alguma), é Nele, por Ele e com Ele, que formamos um povo “Santo e pecador”. O batizado participa também das funções profética de Cristo Senhor. Tal função se verifica de modo particular pelo sentido sobrenatural da fé de todo povo.
Sendo assim, os leigos e a hierarquia da Igreja apeguem-se indefectivelmente à fé, uma vez para sempre, transmitida aos Santos (CIC). A fé deve ser aprofundada e compreendida, a fim de tornar os seguidores de Cristo, testemunhas do seu projeto em meio ao mundo.
O Concílio Vaticano I, em 1870, afirma o dogma da infalibilidade do Romano Pontífice, no primado de Pedro, atraindo para o Papa a responsabilidade de evangelizar, e poder de gestão da Igreja entre as dioceses e Paróquias (Centralização hierárquica da Igreja).
Já o Concílio Vaticano II e a Lumen Gentio afirmam que os leigos são protagonistas da Igreja, esta afirmação é teológica: “Vos sois o sal da terra” (MT. 5,13). É no povo que Deus constitui as comunidades, base da Igreja de Seu Filho.
Na comunidade adquirimos o primado do Sacerdócio Comum de Cristo pelo batismo, base da fé católica, fundamentada no seu Mistério Pascal.
Amados, sejam evangelizadores, apresentem-se na sua comunidade de fé, a fim de tornar o Reino de Deus presente em todos. Amém!
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