quarta-feira, 28 de setembro de 2011

QUEM SÃO OS ANJOS DA GUARDA?


O dia 2 de outubro é dedicado aos anjos, principalmente ao Anjo da Guarda. Quem são os anjos? Qual é sua missão no mundo? Cada ser humano é acompanhado por um Anjo como protetor? O que a Bíblia diz dos anjos?

OS ANJOS são  espíritos destinados a servir, enviados em missão para o bem dos homens e mulheres. A palavra anjo significa, mensageiro, enviado e embaixador. Os anjos são seres inteligentes e sem corpo invisíveis e imortais. Seres inteligentes, porque a vida deles, como a de Deus, é feita de pensamento e de amor. Seres sem corpo, porque não se compõem de matéria. Os anjos recebem, na Bíblia, o nome de heróis: “Bendizei o Senhor, seus anjos todos, heróis e poderosos mensageiros” (Sl 102,20).

A MISSÃO dos anjos é iluminar nossa inteligência no caminho de Jesus. Defender,  proteger, guiar  e conduzir os seres humanos nos caminhos do bem. “Pois Ele dará ordem a seus Anjos para te guardarem em todos os teus passos. Em suas mãos te levarão para que teu pé não tropece em nenhuma pedra” (Sl 90,11-12).

TODOS temos um anjo que Deus nos designou para nos acompanhar. É o Anjo da Guarda. “Mandarei um anjo à tua frente, para que te guarde pelo caminho e te introduza no lugar que eu preparei. Respeita-o e ouve sua voz. Não lhe sejas rebelde... Mas se de fato ouvires sua voz e fizeres tudo o que te disser, eu serei inimigo dos teus inimigos e adversário de teus adversários” (Êx 23,20-22). Cada pessoa, portanto, tem um Anjo como protetor para o conduzir a vida eterna.

TENHA confiança no seu Anjo da Guarda. Trate-o como o amigo íntimo que ele é, e ele saberá prestar-lhe mil e um serviços nos assuntos correntes de cada dia. Amigo verdadeiro é aquele que, mesmo conhecendo seus defeitos, o ama. O Anjo da Guarda não nos abandona ainda que nós abandonemos a Deus. Além de nossas necessidades espirituais, é bom pedir, ao nosso Anjo que nos ajude em coisas materiais: para conseguir casa, emprego, saúde, para que tenhamos uma boa viagem...

PODEMOS invocar o Anjo da Guarda com esta oração: “Anjo de Deus, que por divina providência sois minha guarda e proteção, inspirai-me, defendei-me, dirigi-me e governai-me”. Há também, esta antiga versão portuguesa: “Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, guarda, governa e ilumina. Amém”.


+ Itamar Vian
Arcebispo Metropolitano
di.vianfs@ig.com.br

MUITOS DOS NOSSOS SIMS, NÃO PASSAM DE NÃO MASCARADOS


(REAVIVAR O CRISTIANISMO, Mt. 21,28-32)

 Cuidado, Jesus contesta nosso cristianismo feito apenas de palavras, porém vazio de conteúdo, sem nenhuma ação, e nos conclama a reavivá-lo,(continua a dizer o autor do texto o Padre Virgílio, SSP).

Efetivamente, com demasiada frequência, a vida que levamos ao longo da semana desmente nossas domingueiras profissões de fé; nossas ações contradizem o batismo que um dia recebemos; muitos dos sins que falamos a Deus e aos nossos semelhantes não passam de nãos mascarados.

Mas, afinal, que valor tem um cristianismo feito de falsos sins e de promessas não mantidas? E para que servem as nossas discussões acerca da caridade e do amor cristão, incapazes de reverter a situação de miséria, injustiça e violência em que a sociedade continua se debatendo?

É justamente aquele tipo de cristianismo estéril e sem incidência na sociedade de hoje que Jesus denuncia. Ao mesmo tempo, é um cristianismo fecundo em obras, ações e gestos de amor gratuito que ele quer exaltar e promover.

Quanto a nós, sobra-nos o compromisso de aposentar ou enterrar de vez o assim chamado “cristianismo declamatório”, cujos admiradores passam a vida louvando a beleza do evangelho, criando poesias e comparando músicas, porém nada fazem para passar da declamação à ação, a fim de transformar a dura realidade em que vivemos.

Alguém disse que o verdadeiro cristianismo requer um décimo de inspiração e nove décimos de transpiração. Em outros termos, um décimo de oração e nove décimos de suor.

Quase ninguém respeita a tabelinha acima. No entanto, um pouco de contemplação multiplicaria nossas forças, ajudar-nos-ia a sair do clube dos que “dizem e não fazem” e nos inseriria entre aqueles que “não dizem, mas fazem”. Nesse caso, com certeza o mundo seria muito melhor.

“Deus seja louvado em tudo e em todos. Amém!”

terça-feira, 13 de setembro de 2011

ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS

(Mt.18,21-35)

A vida terrena de Jesus e seu ensinamento foram marcados pelo perdão generoso, incondicional e sem limites. ( Pe. Paulo Bazaglia, ssp continua o autor).

Se somos nós a errar e ofender alguém, ele deixou claro como é fundamental reconhecer a própria culpa e pedir perdão. Mas o que sempre pedimos a Deus na oração do pai-nosso nos leva a pensar sobre como agimos quando são os outros a nos ofender. “Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.

Jesus diz que não basta perdoar sete vezes. Sete é um número simbólico, que faz pensar num perdão generoso e perfeito, porém limitado. O Mestre ensina um perdão sem limites, um perdão de perder a conta ou, melhor dizendo, um perdão de quem não fica calculando.

Deus certamente não nos perdoa com a medida que nós, em nossa debilidade, usamos para perdoar, pois seu perdão será sempre infinitamente superior ao nosso. A “enorme fortuna” da história são 10 mil talentos,

muitas toneladas de ouro, a quantia que o general romano Pompeu tirou da Judeia em 60 a.C. Valor bastante desproporcional, considerando os cem denários, menos de 30 gramas de ouro, que o escravo não consegue perdoar ao companheiro. Somos perdoados por tantas coisas e podemos não conseguir perdoar por tão pouco.

Mas, se não somos nós a limitar o perdão de Deus, a questão é: será possível sentir de fato o perdão incondicional de Deus para conosco, se não conseguimos perdoar quem nos ofende? Como é possível experimentar um Deus infinitamente bom e misericordioso e, ao mesmo tempo, condenar aqueles que também são objeto do perdão divino?

Jesus quer seguidores conscientes, que pratiquem o perdão sem limites. Pois, se nas quedas houver perdão, haverá também força para levantar-se. E as relações serão gratuitas.

E se Deus continua amando seus filhos incondicionalmente, quão diferente seria o mundo se nós, cristãos, experimentássemos de fato seu perdão. “Perdoai-nos, Senhor, como nós perdoamos” continua sendo um desafio.

SONHO IMPOSSÍVEL?

No dia 7 de setembro, o Brasil celebra o Dia da Independência. O Brasil canta um canto que um dia proclamou uma verdade e hoje apenas acalenta um sonho: o de ver a pátria livre das dependências externas e internas. O sonho de ver raiar a liberdade no seu  horizonte.

O BRASIL canta este canto e celebra o Dia da Independência num momento de crise, em que os homens de bem do mundo da política se angustiam por serem equiparados aos desonestos que provocaram a crise; e os homens de bem fora do mundo da política parecem não encontrar outra definição para a política que não seja aquela que a identifica com bandalheira, com sujeira.

DE REPENTE, parece que o Brasil começa a trilhar caminhos novos. De repente, parece que velhos conceitos cristalizados na cabeça do povo começam a ser revistos. De repente, refrões que afirmam que política é sinônimo de desonestidade e que cadeia é só para os pobres começam a soar falsos. Serão apenas aparências? Serão apenas vãs esperanças?

FICA o sonho de que a cultura do “rouba mas faz”, a cultura do coronelismo que domina os pobres em troca de favores, a cultura do “vale tudo” para  permanecer no poder, seja substituída pelo respeito profundo ao povo, pelo respeito ao que é público, pelo culto à honestidade, à transparência na condução da coisa pública. Fica o sonho de que a Família, as Igrejas, a Escola, assumam o papel de educadores, de transmissoras dos valores morais e éticos que sempre tiveram.

É BOM SABER  que da perplexidade, da decepção e da indignação se está passando para a reflexão e da reflexão para a ação. Todos queremos punição para os desonestos. Todos queremos que a punição inclua também a devolução ao povo daquilo que foi tirado do povo. Todos queremos também que o Brasil de uma vez por todas entre nos trilhos. Há muito que fazer para que o nosso povo seja feliz.

A IGREJA  Católica têm feito sua parte. Como instância moral, aponta o rumo a seguir. O povo sabe disso e sempre lhe dá um lugar de destaque entre as instâncias em quem depositar credibilidade. E não poderia ser diferente. Ela quer que o povo brasileiro seja fiel à exortação de Jesus: Brilhe a vossa luz diante dos homens para que, vendo vossas obras, glorifiquem o Pai que está nos céus.

+ Itamar Vian
Arcebispo Metropolitano

A Pessoa Humana: Imagem de Deus



“Deus disse: façamos o homem à nossa imagem, como nossa semelhança, e que eles dominem sobre os peixes do mar, as aves do céu, os animais domésticos, todas as feras e todos os répteis que rastejam sobre a terra. Deus criou o homem à Sua imagem, à imagem de Deus Ele os criou: homem e mulher Ele os criou” (Gen 1, 26-27).
Desde sempre, a Igreja aprendeu que para saber o que é o homem se deve partir do que Deus diz sobre ele. Contamos com tudo o que a razão, através das múltiplas ciências vai descobrindo, mas o sentido último, esse, só o Criador pode dar.

No relato da Criação, quando nos é dito que tudo vem de Deus e nos é indicado, pelo menos em parte importante, o que Deus quer de cada criatura, encontramos uma base para falar do homem e da mulher, do que cada um é e da relação entre eles. Contudo, a Igreja também acredita que tudo o que o homem é só se torna claro no homem Jesus de Nazaré. “Ele é a Imagem do Deus invisível, o primogénito de toda a Criatura” (Col 1, 15).

Como diz o Concílio Vaticano II, numa frase que o actual Papa não cessa de repetir: “Na realidade, o mistério do homem só no mistério do Verbo encarnado se esclarece verdadeiramente. Adão, o primeiro homem, era efectivamente figura do futuro, isto é, de Cristo Senhor. Cristo, novo Adão, na própria revelação do mistério do Pai e do seu amor, revela o homem a si mesmo e descobre-lhe a sua vocação sublime” (GS 22).

O método cristão é o de ler o relato do livro do Génesis através da fé em Jesus. Assim, podemos retirar três grandes afirmações:

a)         O homem foi criado na sequência de toda a natureza, mas para a dominar, com a capacidade de conhecer e de querer, donde se conclui que, embora verdadeiro membro da realidade física, ele é-lhe superior, como indica o facto de Adão dar o nome aos animais;

b)         Criada à imagem e semelhança de Deus, a pessoa humana tem com Deus uma relação especial. Uma relação de tal maneira única que podemos dizer que o homem é um ser essencialmente diferente das outras criaturas.

c)      A criação do homem não está completa na criação do indivíduo. Só na criação da mulher, outro mas do mesmo nível, igualmente indivíduo acima dos animais e com uma relação especial com Deus, com quem pode haver uma verdadeira comunhão, se pode considerar a criação completa. (É indicação inequívoca disto mesmo quanto é dito no segundo capítulo do Livro do Génesis: “não é bom que o homem esteja só! (...) agora sim esta é verdadeiramente carne da minha carne e osso dos meus ossos”) [4].

Isto significa, antes de mais, que o homem não se compreende a si mesmo se não se entender como criatura dependente de Deus, embora distinta das outras criaturas. Por outras palavras, embora cada indivíduo humano seja uma criatura física, parte integrante do mundo material, não é a partir de um modelo terreno, mas divino que o homem se compreende. É, por isso, impossível reduzir o homem ao “mundo”, para usar uma expressão do Papa João Paulo II [5], e é redutor tratar do homem como simples animal racional.

Para refletir  as primeiras lições:
Você conhece seu corpo, seu funcionamento e transformações? Justifique.
O que você entende por sexo no contexto de ética e moral cristã? Justifique.

SEXO E IGREJA: CAPÍTULO SEGUNDO

Nove de Setembro dia do Médico Veterinário - Brasil

Foi no dia 9 de setembro de 1933, através do Decreto nº 23.133, que o então presidente Getúlio Vargas criou uma normatização para a atuação do médico veterinário e para o ensino dessa profissão. Em reconhecimento, a data passou a valer como o Dia do Veterinário. Mas escolas de veterinária já existiam no Brasil, desde 1910.

É chamada de medicina veterinária a prevenção, o diagnóstico e o tratamento de doenças dos animais domésticos e o controle de distúrbios também em outros animais.

Pessoas se dedicam a tratar de animais desde os tempos antigos, desde que começaram a domesticá-los. A prática da veterinária foi estabelecida desde 2.000 a.C. na Babilônia e no Egito. Porém, segundo alguns registros encontrados, remonta a 4000 a.C.

O Código de Hammurabi, o mais completo e perfeito conjunto de leis sobrevivente, que se encontra hoje no Museu do Louvre francês, desenvolvido durante o reinado de Hammurabi (que viveu entre 1792 e 1750 a.C.) na primeira dinastia da Babilônia, já continha normas sobre atribuições e remuneração dos "médicos de animais".

Na Europa, a história da veterinária parece estar sempre ligada àqueles que tratavam os cavalos ou o gado. Os gregos antigos tinham uma classe de médicos, chamada de "doutores de cavalos" e a tradução em latim para a especialidade era veterinarius. Os primeiros registros sobre a prática da medicina animal na Grécia são do século VI a.C., quando as pessoas que exerciam essa função - chamados de hippiatros (hipiatras, os especialistas da medicina veterinária que tratam dos cavalos) - tinham um cargo público. As escolas de veterinária surgiram na Europa no meio do século XVIII, em países como Áustria, Alemanha, Dinamarca, Espanha, França, Inglaterra, Itália, Polônia, Rússia e Suécia.

O marco do estabelecimento da medicina veterinária moderna e organizada segundo critérios científicos é atribuído ao hipólogo francês Claude Bougerlat, na França de Luís XV, com a criação da Escola de Medicina Veterinária de Lyon, em 1761. A segunda a ser criada no mundo foi a Escola de Alfort, em Paris.

O Imperador Pedro II esteve, no ano de 1875, visitando a escola parisiense de Medicina Veterinária de Alfort e com a boa impressão que teve, decidiu criar condições para o aparecimento de instituição semelhante no Brasil, porém as duas primeiras escolas do gênero só apareceram no governo republicano: a escola de Veterinária do Exército, em 1914, e a escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária, em 1913, ambas no Rio de Janeiro.

O capitão-médico João Moniz Barreto de Aragão, patrono da medicina veterinária militar brasileira, foi o fundador da Escola de Veterinária do Exército em 1917, no Rio, mas a profissão não tinha regulamentação até o Decreto de Getúlio Vargas, de 9 de setembro de 1932, que vigorou por mais de trinta anos.
Para o exercício profissional passou a ser exigido o registro do diploma, a partir de 1940, na Superintendência do Ensino Agrícola e Veterinário do Ministério da Agricultura, órgão fiscalizador da profissão.

A partir de 1968, com a lei de criação dos Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária, foi transferida aos conselhos a função de fiscalizar o exercício dessa profissão e é também onde se faz o registro profissional.

A formação em medicina veterinária dura, em média, cinco anos, com os dois primeiros anos tratando das disciplinas básicas anatomia, microbiologia, genética, matemática, estatística, além de nutrição e produção animal. Depois é a vez de estudar as doenças, as técnicas clínicas e cirúrgicas e então optar pela especialização.

As especializações são clínica e cirurgia de animais domésticos e silvestres, e de rebanhos; trabalhar nas indústrias de produtos para animais, acompanhando a produção de alimentos, rações, vitaminas, vacinas e medicamentos; trabalhar em manejo e conservação de espécies, observando os animais silvestres em cativeiro para estudar a sua reprodução e conservação, implantando projetos em reservas naturais; fazer controle de saúde de rebanhos em propriedades rurais ou fiscalizar os estabelecimentos que vendem ou reproduzem animais; usando tecnologia, fazer melhoramentos de qualidade dos rebanhos.

“Parabéns aos médicos Veterinários do Brasil e do Mundo”.

Deus seja louvado por tudo e por todos. Amém !