segunda-feira, 21 de março de 2011

EDUCAÇÃO SEXUAL E IGREJA

Correspondência: Diocese de Porto – Portugal

A Diocese de Porto, através da pastoral familiar, deseja que a Igreja participe mais intensamente no tema que envolve o sexo entre os mais jovens. Eles enviaram documento à Agência ECCLESIA, onde relatam suas reclamações. Segue abaixo texto na íntegra:

Secretariado Diocesano reflectiu sobre o peso da temática na sociedade actual e suas consequências, sobretudo junto dos jovens.

A Pastoral Familiar da Diocese do Porto pede mais atenção para a Educação Sexual, por parte da Igreja, para contrariar uma cultura onde a “valorização do corpo” se sobrepõe à construção de um “projecto de vida a dois”.

“Muito há a fazer ao nível dos suportes documentais e da formação dos agentes da catequese, na medida em que o tema ‘Educação sexual’ não é tratado e não há formação para os catequistas na área da sexualidade” sublinham os responsáveis do serviço, num comunicado hoje enviado à Agência ECCLESIA pelo departamento diocesano.

O texto aponta ainda que “a maioria dos pais católicos não inscrevem”os seus filhos na disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica, algo que torna mais difícil a acção da Igreja, nesta matéria.

O repto foi lançado durante uma jornada de reflexão intitulada «A família educa? A (pro)vocação da sexualidade», iniciativa que reuniu cerca de 280 pessoas na Casa Diocesana do Vilar, a 5 de Fevereiro.

Pais, catequistas, professores de Educação Moral Religiosa e Católica, membros de diversos movimentos católicos, todos procuraram reflectir sobre o papel da Igreja e das famílias, face a uma sociedade dominada pela “banalização da palavra amor” e por uma “falta de testemunhos de fidelidade”.

Para uma das oradoras convidadas, Teresa Tomé Ribeiro, “vivemos num tempo de liberdade total, onde não se apregoam valores e falta o sentido e a vivência de uma unidade de vida”.

Segundo esta professora, especialista em psiquiatria e saúde mental, são sobretudo as múltiplas pressões, “quer económicas, quer políticas”, que ajudam a explicar uma cultura onde “o outro existe enquanto serve, agrada e satisfaz. Fora disto, torna-se descartável”.

Perante este quadro, são várias as ameaças identificadas, sobretudo para crianças e jovens: a falta de maturidade, o “ir na onda sem pensar nas consequências”, as soluções fáceis de aborto, um caminho sem regras e a mensagem difundida pelos media.

Fonte: ECOS

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